viernes, 28 de noviembre de 2008

RIVADAVIA / SOBRE TOTALITARISMO



Meus aplausos pelo excelente texto “GOLPISMO DEMOCRÁTICO 2009”, (historiactual) ao qual apenas acrescento algumas observações sem minimizar a essência dos conceitos nele emitidos.
O TOTALITARISMO - que muitos confundem com regime tirânico, autoritário ou ditatorial, não se esclarece senão à luz da manipulação e na inversão que ele inflige no imaginário da democracia (através de técnicas gramscistas de domínio das mentes).

COM EFEITO - O regime totalitário é inserido no imaginário popular pela abolição da pluralidade, da divisão e do conflito, da promessa/profecia de um mundo novo sem separação e sem mediação, da ‘construção’ de um homem novo/hombre nuevo e regenerado. Nele o Estado prescreve o que deve ser a sociedade: ocupa o lugar da sociedade civil, degrada as instituições pelo princípio marxista-leninista corrupção sistêmica, aniquila as classes, confundindo de uma vez só as instâncias executiva, legislativa, judiciária, policial e administrativa em um mesmo ator onisciente e onipotente.



é a configuração dO Estado total preconizado pelos ‘profetas da barbárie’: “Não existe para o Estado senão uma única e inviolável lei: a sobrevivência do Estado.” Karl Marx; "Tudo no Estado. Nada contra o Estado. Nada fora do Estado" Benito Mussolini; “Não preciso de pai nem de mãe; só preciso do Estado.” (do Livro Vermelho, de Mao Tse Tung, que as crianças eram obrigadas a recitar até o esgotamento nas escolas); “O eu não é nada; o coletivo é tudo!” Mao Tse-Tung.


com ESSE DESIDERATO TOTALITÁRIO E INSENSATO - visando a integralização de sua unidade e de sua identidade, reúne no seu interior e exterior o domínio do poder, do saber e da lei – pela concentração/centralização, pensamento único, legislador único e universal, numa cadeia de identificações – em que o Povo é o Partido, o Partido é o Estado, o Estado é o ‘Egocrata’ – guia supremo que encarna a totalidade do poder e da sociedade, sem precedentes na história das tiranias e dos déspotas da Antiguidade, avançando para além da relação de representação e da crítica da opinião, cuja palavra infalível e a imagem gloriosa imagina ser o infinito, abrangendo todo o espaço coletivo.


Assim opera o domínio total, sem medida de comparação histórica senão pelo processo novilingüístico (George Orwell, 1984): de um lado, a encenação do espetáculo virtual da ‘boa democracia’, dotada de uma Constituição e de um Parlamento; de outro a ‘terceirização’ sustentada por toda sorte de movimentos sociais, ONGs (para facilitar o desvio dos recursos públicos), organismos burocráticos de todo tipo, sindicais e associativos para simular a racionalidade; a eficácia onde reina a negligência econômica; a feliz sociabilidade, onde predominam a suspeita generalizada e o medo da denúncia; a liberdade, onde prevalece a arregimentação, a mistificação, a demagogia, o neopopulismo, o arbítrio e a repressão.

buscando o domínio total do poder primeiro se apropriam do Estado (Estado-partido), confundindo público com privado; logo impõem como único caminho para melhorar a situação a promessa/profecia de um mundo futuro (possível) de justiça (social), paz, igualdade e liberdade; depois nesse desiderato insensato – confiscam as liberdades públicas e a propriedade.

ESSA É A MARCHA – rumo à barbárie, a injustiça, a desigualdade, a fome e a miséria e sempre culpando os outros é claro – posto que acometidos pelo – COMPLEXO DE FOURIER - ABERRAÇÃO IDEOLÓGICA descrita pelo economista austríaco – LUDWIG VON MISES – que aflige às esquerdas latino americanas e européias – há muito diagnosticado no igualitarismo psiquiátrico, onde o denominador comum está representado por um sonho ou fuga de desejos reprimidos – que consiste em atribuir aos outros – à burguesia, ao imperialismo, ao capitalismo, ao neoliberalismo os males da fome, os crimes e os genocídios – e sob o cunho de reivindicações sociais – oculta suas amargas frustrações psicossociais para fugir da responsabilidade daquilo que prometiam eliminar.

POR OUTRO LADO - Os regimes totalitários – buscam pelo exercício midiático, propaganda, deformação, manipulação e falsificação – a anulação do passado. Assim fizeram STÁLIN, MAO, FIDEL e todos os ditadores comunistas/socialistas pela alteração do passado e eliminação das fontes históricas mediante maciços esforços midiáticos para ocultar os fatos presentes negativos e a barbárie do passado
AÍ temos o espetáculo midiático PELO histrionismo incontível (‘pão e circo’) que se identifica, sobretudo nos políticos demagogos e populistas. É o selo que os certifica, com o conseqüente ridículo em que incorrem e do qual não saem espontaneamente e invariavelmente os do tipo ideológico de esquerda só deixam o poder ‘depois de mortos’. É o que tem ocorrido com os populistas em estado puro, como foram os ditadores latino americanos do século XX retratados por escritores de forma inigualável, a exemplo de Plínio A. Mendoza, Carlos Alberto Montaner, Álvaro Llosa, in “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano”.

Este fenômeno tem ocorrido por igual com outros sujeitos da história e a contemporaneidade os tem exibido abraçados como exemplares simiescos sempre agitados nos extremos inalcançáveis e aparentemente contraditórios da demagogia impiedosa e desatinada, como a mais leve das imputações das que se tem feito credores no exercício brutal do poder. Assim foi desde HITLER, e o regime co-irmão de STALIN até a direita mais exacerbada, bem como de alguns iluminados que, desde a esquerda mais radicalizada assombraram o mundo com facetas tão curiosas/furiosas como a aptidão para agarrar-se por mais de cinco horas a um microfone e falar sem parar, levando à exaustão física das platéias devotas.

MAS É da lógica do comunismo-socialismo fazer aquilo que são capazes de fazer que são o cinismo, a desonestidade, a hipocrisia, a demagogia, sob o pretexto de realizar sua missão histórica e, assim inventam conspirações contra a democracia, seja para fingir que a defendem seja para demonstrar ao mundo os perigos que ela correria sem a ‘proteção’ deles.

NESSE DESIDERATO INSENSATO – é notório o papel dos intelectuais orgânicos que quando não estão no silêncio obsequioso (e criminoso) - promovem a difusão de falácias muito bem articuladas sobre o socialismo e a revolução comunista, com a ‘competente’ difusão da mídia devidamente instrumentalizada.

Atualmente como não podem mais esconder a barbárie do totalitarismo bolchevista e continuar mentindo sobre o socialismo soviético, chinês, cubano, apegam-se a apologia dos direitos humanos (coincidentemente sempre o dos bandidos), ações contra os políticos (‘mensalão’ no Brasil, a campanha contra o Parlamento, o Judiciário e qualquer instituição não enquadrada no pensamento único), o capitalismo, o livre mercado, o imperialismo e a democracia (que dizem ‘defender’), a globalização, instituições, valores e princípios da civilização ocidental e, até o ambiente – contaminando ideologicamente essas questões vitais para a humanidade.

AÍ É AGREGADO A lógica, o terror e a VIOLÊNCIA, típica das organizações mafiosas, para justificação da necessidade de aniquilar os ‘inimigos’, até pela profilaxia social.

A permanente conspiração, instrumentalizada nos regimes totalitários e que mantinha a população sob o medo e terror - pelo método leninista – da violência, crime e, por último pelo terror, foi metamorfoseada hoje pelo medo e temor ocasionado pela insegurança pública, com a parceria de facção criminosa cujas ações delituosas de cunho terrorista praticadas em São Paulo (Brasil), demonstram evidente objetivo político-eleitoral, a exemplo do que ocorreu na Espanha, nas últimas eleições, de onde a tática foi importada.

a luta armada, a guerrilha – mudou apenas de métodos e armas – agora os ‘males’ são o capitalismo, o mercado, a globalização, o que denominam de ‘neoliberalismo’ e, até a democracia (em minúscula – tal como a concebem e usam (nas ‘democracias populares’).

A ‘democracia’ INSTRUMENTALIZADA IDEOLoGICAMENTE não persegue outro fim senão eliminar os obstáculos, conforme proclama o ‘profeta’ FRIEDRICH ENGELS:

A democracia seria inteiramente inútil ao proletariado se não fosse imediatamente empregada como meio para obter toda uma série de medidas que ataquem diretamente a propriedade privada e assegurem a existência do proletariado.” (in Princípios do Comunismo) http://paginas.terra.com.br/noticias/trincheira/textoEngels_PrincipiosComunismo.htm

os partidos políticos são equivalentes à ‘forças irregulares’; a ‘força regular’ (Forças Armadas, Poder Judiciário, Polícia) é submetida aos critérios partidários (aparelhamento).

NESSA GUERRA ASSIMÉTRICA as forças irregulares (marginais) dominam o ‘terreno’ e atuam com total impunidade (serviço sujo, dossiê, ‘banco de dados’, atividades clandestinas em geral, assassinatos, em que o ‘chefe nunca saberá de nada’, e, mesmo quando descoberto alega que foi ‘traído’) e assim operam quando pretendem algo mais que o ‘possível’ eufemismo para ilegal.

além do previamente acordado ou negociado, a confrontação se assemelha a ‘guerra de guerrilha convencional’, porque aí não se obedecem aos códigos da ‘luta democrática’, prevalece a ideologia, a ‘missão’; o outro, o adversário passa a ser um ‘inimigo que deve ser eliminado’, pois não é encarado circunstancialmente como um interlocutor com partidos, idéias, programas ou projetos diferentes, e se não pode ser eliminado, deve ser desprestigiado,desqualificado, anulado, incapacitado para a ação, independentemente de seus argumentos e razões serem corretos, com todos os meios necessários (sempre os fins justificam os meios).

nos ‘processos’ como nas atuais ‘confrontações democráticas’ prevalece a ‘lógica da eficácia’. E esta posterga a análise sobre o bem ou sobre o mal, assim como o destino da Nação, da sociedade, sobre suas necessidades reais e atuais que tendem a se agravar cada vez mais (saúde, segurança pública, segurança jurídica), porém não deixa de operar com o eficiência a derrama tributária – para se apropriar cada vez mais da renda individual e do lucro empresarial (mais ‘valia’ para eles).

acelera-se a propaganda midiática dissimulada visando confundir a sociedade e os poderes do Estado, posto que a Constituição, o Parlamento e o Judiciário são degradados para facilitar sua substituição pelos ‘eficazes’ ‘movimentos sociais’, ONGs, sindicatos, associações e toda sorte de entidades parasitas mantidas pelo próprio Estado que pretendem destruir. O assistencialismo, o populismo cumpre a função de adesão das ‘massas populares’; o sistema financeiro e grande parte do empresariado são cooptados pelos lucros abusivos, mas descaradamente permitidos.

É o Estado-partido, a serviço de políticas e práticas criminosas, em nome de uma política de hegemonia ideológica, do messianismo socialista, cuja doutrina, fundamento lógico e necessário do sistema auto justificou o massacre dezenas de milhões de inocentes sem que nenhum delito possa lhes ser atribuído, a menos que se reconheça que era criminoso ser nobre, burguês, kulak (camponês russo), ucraniano, ou mesmo trabalhador ou ... homens e mulheres honestos, devotados ao Partido, à Revolução, à causa leninista da edificação do socialismo e do comunismo.

MAS o comunismo não ‘morreu por falência múltipla de seus órgãos’? SIM, O socialismo real fracassou, assim como nazismo e todos os sistemas totalitários, autocráticos e ditatoriais por tentarem alterar a natureza humana - mas a má ‘fé no Estado como protagonista econômico’, ou seja, o estatismo com sua pretensão de participação dominante na produção de bens e serviços – NÃO.

Na América Latina – ‘nosso continente perdido’ - o famigerado realismo mágico oculta o verdadeiro mal é o ESTATISMO que possibilita a corrupção, o populismo, o assistencialismo, a miséria, o atraso e a barbárie, aniquilando os princípios que sustentam a concepção liberal – ou seja, a liberdade e o pluralismo, o livre mercado, o respeito aos direitos e garantias individuais e aos contratos que impedem qualquer tipo de idéia de Estado ditatorial, autoritário ou totalitário.

ASSIM pelo domínio total do poder se apropriam do Estado (Estado-partido-sindicato) e confundindo público com privado – se auto impõem como único caminho para melhorar as condições sociais, com a promessa de um mundo futuro (possível) de justiça (social), paz, igualdade e liberdade, mesmo que na prática tenham implantado (‘construído) somente a barbárie, a injustiça e a desigualdade.

E, PELO QUE SE VÊ – a estratégia reconfigurada atualmente é muito mais perversa - ‘a correlação de forças não os favorece no momento’ – então produzem-se, criam-se artificialmente as ‘condições objetivas’ que permitam o avanço sobre o Estado e a sociedade, cujas medidas adotadas revelam-se de caráter tático e abrem caminho para a acumulação de forças com vistas à reversão da correlação atual (memória: “Estamos no governo, mas não somos poder”), isso tudo enquanto as forças democráticas e a grande maioria silenciosa não reagem.

PORÉM – PARADOXALMENTE – o próprio KARL MARX e FRIEDRICH ENGELS – provedores dos fundamentos da barbárie, sob a máscara de ditadura do proletariado – apontam o antídoto no Manifesto Comunista, com a receita ideológica: “Tudo que é sólido desmancha no ar“, referindo-se como a sociedade capitalista se reformula constantemente, o que leva qualquer regime TOTALITÁRIO seja de que ‘ismo’ for inexoravelmente a auto implosão.

ENFIM - A DEFESA DO SISTEMA DEMOCRATICO – como imperativo da liberdade - impõe-se contra todos os totalitarismos (nazismo, socialismo/comunismo, maoísmo, ditaduras militares, sátrapa/aitolá religioso, castrismo, chavismo e todos os ismos de DNA neo-regressivo totalitário.

Um excelente final de semana

Rivadávia Rosa




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